11º edição, Porto, 2023

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Milão – parte 2

Se não leram o primeiro post sobre Milão, aconselho-vos a irem ler ALI.
O local que eu mais gostei de visitar em Milão, aparece em alguns guias mas confesso-vos que só estava na minha lista porque alguém me enviou como sugestão no Instagram. Estou a falar do Cemitério Monumentale. Cemitérios nunca me parecem apelativos mas citando a pessoa que me enviou a sugestão “cada campa é uma obra de arte”. Com esta descrição, tive de ir visitar e fiquei de queixo caído durante os primeiros 30 minutos que estive por lá. O edifício principal parece uma ilustração, os corredores enchem-se de estatuas lindas de morrer, o verde que preenche os espaços entre campas e jazigos faz com que tudo seja mais imponente e hipnotizador. Eu senti-me pequenino, inspirado e calmo, tudo coisas que geralmente não sinto em cemitérios. Estivemos 1 hora e meia por lá e sinto que vimos um terço do que havia para ver. Quando chegámos o nevoeiro e o orvalho instalaram-se e tornaram tudo mais místico. As minhas fotos não fazem justiça ao quão bonito é o espaço e o ambiente.

Um dos locais que não podem perder é a Fundação PRADA, um espaço um pouco mais afastado do centro mas onde encontram muitas exposições bonitas, uma sala de cinema e um café desenhado pelo Wes Anderson. Não tenho fotos do café porque estava demasiado cheio um problema comum em Milão, demasiadas pessoas). A exposição temporária era sobre o Barroco e as novas interpretações do mesmo. Não esperava gostar tanto, foi muito inspirador e um pouco surreal (acho que dá para perceber pelas fotos). A exposição permanente não é tão interessante, tirando uma instalação no topo do edifício NORD , onde depois de passar por um túnel às escuras, acabámos numa sala surreal, cheia de cogumelos gigantes que giravam de pernas para o ar. Eu senti-me a Alice, depois de cair na árvore.

Milão foi uma experiência bonita, que me deixou a desejar viajar mais para o sul e mais para norte. Para sul, para ir experiênciar a Itália do Call Me By Your Name, com dias lentos e quentes, comida de conforto e arte bonita. Mais para norte, para ir aos Alpes suíços que vi de cima, na viagem de regresso e que me deixaram a sonhar com férias na neve. Por outro lado, Milão é uma cidade mais suja do que esperava, com demasiadas pessoas (não quero imaginar no verão), demasiado consumista e sem cultura de comida (que para mim é muito importante). No último dia, com as dicas de um local, afastamo-nos do centro e fomos comer comida italiana num daqueles restaurantes típicos, em que as toalhas de mesa parecem um piquenique, em que se toca música italiana ao vivo e onde mal se fala inglês. Foi a experiência perfeita, para acabar a viagem em grande.

Deixo-vos o mapa com todos estes sítios de que vos falei e mais alguns, caso estejam a planear uma viagem e precisem de uma ajuda. Uma dica que vos deixo é marcarem tudo com muita antecedência. Infelizmente não conseguimos ver algumas coisas porque estava tudo cheio, incluído o quadro da Última Ceia, que só tinha bilhetes ao fim-de-semana em 2020!! Não durmam até tarde e vejam tudo cedinho, onde é possível ver tudo sem levar cotoveladas de mil turistas e sem pessoas a tentarem vender-vos coisas.
 
 Espero que tenham gostado destes dois posts, e que vos tragam um bocadinho da inspiração que senti por lá. Tenham um dia lindo 🙂

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